Em construção

Eu me pergunto o que faz uma criança dançar achando que é cultura, um streep tease para velhos de 70 anos. Foi isso que eu presenciei esse fim de semana na XIXª Feira do Livro de Caçapava. Já não basta gordinhas balançando as banhas em uma dança do ventre, ou putinhas querendo mostrar o que elas chamam de peitos e bunda. Mas o que me chamou mesmo atenção foi a cara que os velhos CASADOS olhavam para as sainhas das pirralhas de 10 anos, a cara de felicidade delas pelos seus minutinhos de fama (com carecas da terceira idade) e a insanidade do público que apreciou esse desastre natural. Após uma baixaria com fantasias verde e amarelo (nada mais apropriado para representar o brasil), dançaram a dança do ventre, de biquini e em seguida a "dança das flores" que não passava de baixinhas segurando um vaso de planta rebolando para tudo quanto é lado parecendo galinhas loucas. Além do mais, na dança do ventre houve uma curiosa parte em que elas se deitaram no chão e fizeram estranhos

DESCULPEM MINHA AUSÊNCIA. FATO ESTÚPIDO DA VIDA QUE SE REPETE EM VÁRIOS MOMENTOS ATÉ CHEGAR A HORA DE DIZER: EU NÃO QUERO DESISTIR. Eu botei a mão no fogo. O meu coração foi roubado, contrabandiado e esfaquiado ainda em baixo da minha pele. O meu sangue fervia enquanto eu delicadamente morria de desgosto. Minha cabeça explodia enquando a melodia entrava nos meus ouvidos. Era sim, eu estava ouvindo aquela música novamente. A música que marcou as sombras da minha vida como um revólver na mão do homem cujo o crânio está esfolado no chão, com um buraco profundo e intrigante no meio da testa. A música que eu mostrei para ele, a música que passamos a ouvir juntos, a música que simbolizou um amor cujo a existência não importava mais. Cujo a importância não existia. Cujo seu fogo havia morrido assim como eu. Nasci novamente, e morri novamente. Tudo por uma música tão inexplicavelmente ruim e sem importância musical. tudo para esquecer a paixão que um dia me cercou dando a forma a uma lágrim